Ao longo dos muitos anos em sua fabricação de revestimentos isolantes, a Mascoat sempre tentou encontrar um dispositivo de leitura por infravermelho que fosse preciso. Todos os tipos de instrumentos foram utilizados, desde as mais simples até as mais sofisticadas câmeras e termômetros de medição por infravermelho.
Consultamos a FLIR™ e muitos outros fabricantes para tentar encontrar uma resposta e nenhum dos fabricantes destes aparelhos de medição conseguiu explicar o porquê desta leitura errônea, apresentando valores acima da medida por contato e por outros métodos de medição.
A maioria dos vendedores destes equipamentos de leitura por infravermelho viram que o revestimento provoca um estranho resultado na leitura, acusando uma temperatura maior do que a real, medida com termopares de contato. Muitos destes vendedores se ofereceram para procurar uma explicação, mas nenhum voltou com respostas.
Durante uma feira de demonstração, a Paul Wahl Instruments foi confrontada com este desafio e generosamente aceitou-o. Eles explicaram a Michael Stelmach (colaborador da Mascoat) porque eles acreditam que os instrumentos de leitura por raios infravermelhos têm problema com estes revestimentos. A descrição abaixo é exatamente o email recebido:
“Olá Mike,
Eu testei seu produto tentando demonstrar suas propriedades com uma câmera de imagem térmica. Fiz os testes usando placas aquecidas para aquecer por um dos lados de uma chapa de alumínio. Peguei a amostra que você forneceu e cortei em peças menores, das quais foram removidos o isolamento em metade da placa. Esta peça foi testada com 93,3°C e 204,4°C.
O que eu descobri é que quando meço a peça com a câmera térmica (HSI3000) e um termômetro infravermelho pontual (DHS115), a seção com revestimento teve uma medição de 85°C na placa de 93,3°C e 193,3°C na placa de 204,4°C.
Usei então um medidor de temperatura através de termo-resistência (RTD ou pt100 com o Novus DC80R) para medir a temperatura nas duas partes, com e sem revestimento.
Os lados não revestidos estavam a aproximadamente 193,3°C e 204,4°C, como era de se esperar. Os lados revestidos estavam a aproximadamente 62,7°C e 132,2°C, o que é bem diferente do que foi medido através do método infravermelho. Eu sei que a medição estava correta, pois eu consegui manter meu dedo na superfície a 62,7°C por um longo período sem nenhuma queimadura.
Por quê? O que eu penso que pode estar acontecendo é que, à medida que o revestimento vai aquecendo, ele transmite energia infravermelha na faixa de 8-14 micrometros a qual é a exatamente a faixa que os aparelhos utilizam para medir a temperatura.
A emissividade estava em 0,95. Se reduzirmos o valor da emissividade as leituras seriam ainda maiores chegando até as serem superiores as temperaturas da chapa quente.
No informativo técnico, a transmitância está como 0,0. Quais as condições deste teste? Eu suspeito que a 93,3°C, a porcentagem da transmitância na faixa de 8-14 microns não é zero. Acredito que, como o revestimento tem ar em sua composição, e através destes, os raios infravermelhos escapam resultando numa leitura errônea.
A preocupação está com os utilizadores que têm tubulações, fornos e estufas com este revestimento e se estes fizerem a medição de temperatura com câmeras e medidores infravermelhos padrões de mercado, eles provavelmente terão uma leitura errônea de temperatura, como se o produto não estivesse funcionando como um bom isolador. Não consigo chegar a nenhuma outra conclusão além da transmissão de ondas na faixa de leitura dos medidores (8-14microns) como causa destes erros de leitura.
Para demonstração da eficiência do material, sabemos que as câmeras e termômetros não seria uma boa forma de fazê-lo e eu não recomendo. Acredito que um medidor de contato numa chapa aquecida com metade desta isolada seria a melhor maneira. No meu entendimento, você já deve utilizar o método de toque em demonstrações. Os medidores ajudam a quantificar este método e mostrar números. É também um método mais barato que uma câmera termográfica. Jim"
Artigo escrito por James S Eldridge, gerente de desenvolvimento de produto da Palmer / Wahl Intruments, Inc.
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